DEfinição
Antes de explicar o que é a semiótica e a semiologia em si, vamos dissecar essas palavras para entende-las melhor. A palavra “semiótica” vem da junção das palavras gegras “semeion”, que significa sinal, e “ótica”, que significa ciência. Já “semiologia” vem das palavras “semeion” e “logos”, que significa estudo. Portanto, podemos concluir que a semiologia e a semiótica se baseiam no estudos de “sinais”. Foi Charles S. Peirce, filósofo americano, quem primeiro caracterizou e deu início ao estudo da semiótica. A semiótica, como entendemos hoje, é, então, descrita como a ciência que estuda e analisa os signos em seu processo de significação do mundo no meio da comunicação.
O Que são os signos?
O signo é um dos elementos principais da semiótica. Para Peirce, ele é tudo aquilo que carrega um significado para representar qualquer coisa. Signos podem ser todo tipo de coisa, de uma cor até um cheiro. Parece complicado mas prometo que não é. Por exemplo, quando pensamos na cor azul, geralmente atribuímos a ela o sentimento de tristeza por ser uma cor fria. Quando queremos representar algo triste e depressivo nas artes, no design e etc, geralmente utilizamos a cor azul. Nesse contexto, a cor azul se torna o signo que carrega o significado do sentimento para representar a tristeza.
Peirce caracterizou os signos em três categorias: ícones, índices e símbolos. Um ícone é um signo que possui semelhança visual ou qualidades que se assemelham ao objeto que representa. Um exemplo de ícone são os próprios ícones dos aplicativos. Eles usam da semiótica nos seus designs para fazerem uma analogia entre a identidade do app e o seu objetivo. Por exemplo, o ícone do Instagram, aplicativo de compartilhamento de fotos, é uma câmera. Essa relação torna mais clara a comunicação e melhora a experiência entre usuário e aplicativo.
Um índice estabelece uma relação de causa e efeito ou contiguidade física com o objeto que representa. Todos sabemos da frase “onde há fumaça, há fogo”, certo? Nesse caso, a fumaça é um índice, e representa a existência do fogo.
Um símbolo é um signo que possui uma relação convencionalmente estabelecida com o objeto que representa. As palavras são símbolos, pois há uma convenção estabelecida que determina que cada palavra tenha determinado significado. Por que a palavra “cachorro” representa um cachorro? Pois foi estabelecido que essa combinação de letras e o som formado por elas representariam um cachorro. Isso vale para a língua de sinais também: o sinal para “cachorro” na LIBRAS, por exemplo, é feito com determinada configuração por conta de uma convenção que se deu no decorrer da história da língua para representar o ser cachorro.
A tríade de Peirce
Além dos signos, há outros dois elementos importantes na semiótica Peirciniana. Os três juntos formam a chamada tríade de Peirce. Essa tríade é composta pelo signo ou representamen (aquilo usado para representar o objeto), pelo objeto (a coisa ou fato que está sendo representado) e pelo interpretante (a interpretação do fato na mente do observador, mediante o contexto em que está inserido).
Relevância
A semiótica está presenta em todos os lugares, tudo o que vemos, falamos, sentimos e etc pode e é um signo para algo. Está mais visivelmente presente na comunicação, no design, e nas artes, assim como inúmeras outras áreas. As próprias logos de aplicativos, marcas, são signos em si. Os emojis, memes, figurinhas de Whatsapp, as próprias palavras e sinais, são todos signos que usamos para representar um universo inteiro.
Excelente conteúdo e explicações, bem ao jeito Frame-se. Parabéns.